QUESTÕES PERÍODO JOANINO
1. Em 1808, a família real portuguesa, fugindo
do cerco napoleônico, transferiu-se para o Brasil que, de colônia, se tornou
sede da monarquia e do vice-reino. Os treze anos durante os quais a corte
permaneceu no Rio de Janeiro tiveram grande importância política e econômica e
foram seguidos pela declaração de independência do Brasil em 1822.
OLIVEN,
Rubem George. “Cultura e modernidade no Brasil”.
Uma
das principais características socioeconômicas desse período foi a(o)
a)
diminuição do fluxo de mercadorias.
b)
início do ciclo econômico da borracha.
c)
abertura dos portos ao comércio exterior.
d)
ampliação das relações bilaterais com os EUA.
e)
elevação do Brasil à condição de protetorado da Inglaterra.
2. Em 2015 o Rio de Janeiro comemorou 450 anos
de sua fundação. Ao longo dos séculos, a cidade passou por uma série de
mudanças e transformações que resultaram na capital do estado que temos hoje.
Dentre
estas mudanças podemos citar:
a)
a ocupação francesa no centro do Rio de Janeiro no século XVIII, inclusive a
Ilha de Villegagnon, sede da França Antártica.
b)
a destruição das plantações de cana-de-açúcar pelos holandeses por conta da
concorrência do açúcar produzido nas Antilhas durante o século XVII.
c)
o surgimento de ruas e o alargamento de algumas já existentes e a criação de
instituições por D. João VI a partir de 1808, como o Jardim Botânico e a
Biblioteca Real.
d)
a Revolução do Porto que em 1820 paralisou o porto principal do Rio de Janeiro
por conta das altas tarifas alfandegárias sobre os escravos.
3. Leia o texto a seguir:
“A
abertura dos portos às nações amigas, em 1808, permitiu que o Brasil fosse
invadido por artigos importados dos mais variados, principalmente de origem inglesa.
Os produtos ligados à indumentária e à beleza deram novo fôlego à vaidade dos
homens e mulheres de então. O período imperial no Brasil foi marcado por modos
e modas que acompanharam as grandes mudanças políticas, econômicas e sociais.
Roupas, acessórios, joias e penteados revelam como se comportavam as pessoas, a
sutileza de seus costumes e os códigos secretos da vida em sociedade.
O
acesso aos itens de luxo, entretanto, não tornou os moradores das terras
brasileiras mais elegantes aos olhos dos viajantes estrangeiros.”
RASPANTI,
Márcia Pinna. Que deselegantes.
A
partir da leitura do texto, é possível afirmar:
I.
Com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, os brasileiros tiveram mais
acesso aos produtos ingleses.
II.
As mudanças ocorridas nos modos e na moda no contexto do período Imperial
brasileiro foram bastante sutis.
III.
Roupas, acessórios e joias são itens supérfluos que pouco informam sobre os
costumes de uma época.
IV.
Os viajantes estrangeiros que passaram pelo Brasil nesse período não
registraram informações relevantes sobre a vestimenta dos brasileiros.
Está(ão)
CORRETA(S):
a)
I e II, apenas.
b)
II e III, apenas.
c)
I, apenas.
d)
III e IV, apenas.
e)
I, II e IV, apenas.
4. Em 1 de abril de 1808, durante a regência de
D. João, o alvará de 1785 foi revogado, o que permitiu a liberação e o
estabelecimento de indústrias e manufaturas no Brasil. Apesar disso, na
prática, essa providência não alcançou seus objetivos de capacitar o país para
desenvolver suas indústrias, porque
a)
os acordos de parceria estabelecidos entre o Brasil e a Inglaterra, para o
incremento técnico das manufaturas nacionais, foram cancelados por falta de
interesse da elite agrária do nosso país.
b)
D. João, apesar de ter permitido a instalação de manufaturas no país, defendia
a superioridade dos produtos industrializados europeus perante os similares
nacionais.
c)
faltava ainda, a adoção de uma política de proteção alfandegária nacional,
diante da concorrência das mercadorias britânicas, além do nosso mercado
consumidor interno não ser muito amplo.
d)
novos acordos comerciais foram assinados com potências europeias, o que ampliou
os privilégios dos comerciantes estrangeiros no nosso país, em detrimento dos
interesses nacionais.
e)
apesar de a Inglaterra ter honrado os acordos comerciais e entregado máquinas e
equipamentos industriais, a nossa mão de obra escrava não tinha especialização
necessária para o trabalho na indústria.
5. No ano de 1808, a Corte portuguesa
instalou-se no Brasil. A partir desse momento, um processo de desenvolvimento
científico-cultural ocorreu, com a fundação de instituições, como Biblioteca
Pública e Imprensa Régia. Também foram criados, com o passar do tempo, diferentes
cursos, como o da Academia Real Militar e da Faculdade de Medicina.
Marque
a alternativa que demonstra o principal objetivo do governo ao instituir o
desenvolvimento desses cursos.
a)
Fortalecer o sistema público da educação brasileira, existente desde a fundação
das primeiras vilas.
b)
Fortificar a colônia contra os ataques das esquadras inglesas, formando quadros
para o exército.
c)
Desenvolver novas tecnologias para a crescente indústria portuguesa.
d)
Controlar a imprensa local através da censura.
e)
Formar recursos humanos para atender às necessidades da Corte.
6. Em 1808, a família real portuguesa chegou ao
Brasil. Enquanto esteve na colônia, uma série de transformações aconteceram.
Sobre esse período, leia e analise as afirmações abaixo:
I.
Algumas atividades antes proibidas passaram a ser liberadas na colônia, como a
tipografia.
II.
Ainda que a família real tenha se transferido para a colônia também em função
da política expansionista de Napoleão Bonaparte, artistas franceses foram
convidados a virem ao Brasil.
III.
A família real portuguesa foi transferida para o Brasil para resolver os
problemas causados pelo fim da Guerra do Paraguai.
IV.
A abertura dos portos às nações amigas beneficiou, em especial, a França e a
Espanha, parceiras econômicas de Portugal.
Assinale
a alternativa CORRETA.
a)
Apenas as afirmações I e III são verdadeiras.
b)
Apenas as afirmações I, II e IV são verdadeiras.
c)
Apenas as afirmações I e II são verdadeiras.
d)
Apenas as afirmações I, II, e III são verdadeiras.
e)
Todas as afirmações são verdadeiras.
7. Em 1806, o Imperador francês Napoleão
Bonaparte anunciou o Bloqueio Continental à Inglaterra, estabelecendo que
nenhum país europeu poderia comercializar com os ingleses. O rei de Portugal,
pressionado pela onda liberal da Revolução Francesa e apoiado pela Inglaterra,
fugiu para a colônia portuguesa, na América, para esperar a situação se
normalizar.
Com
relação à presença da Família Real portuguesa no Brasil é CORRETO afirmar que:
a)
A Revolução Farroupilha, ocorrida no sul do Brasil, tinha como principal
objetivo expulsar a Corte portuguesa e proclamar a independência da colônia
americana.
b)
Salvador foi elevada à condição de capital do Reino Unido de Portugal e
Algarves, tornando-se o maior centro político, econômico e cultural da
colônia.
c)
A presença da Corte portuguesa no Brasil, exercendo um governo absolutista e
conservador, contribuiu para retardar a Independência do Brasil, pois as
melhorias administrativas e econômicas deixaram a elite liberal brasileira
satisfeita.
d)
Chegando ao Brasil, D. João VI tratou logo de cumprir o prometido aos ingleses
e decretou a abertura dos portos, em 1808, para as nações amigas
comercializarem diretamente com a colônia.
e)
Em 1821, os franceses foram expulsos de Portugal e D. João VI foi chamado para
assumir o trono português, mas ele preferiu ficar no Brasil. Esse fato ficou
conhecido como “Dia do Fico”.
8. A transferência da corte trouxe para a
América portuguesa a família real e o governo da Metrópole. Trouxe também, e
sobretudo, boa parte do aparato administrativo português. Personalidades
diversas e funcionários régios continuaram embarcando para o Brasil atrás da
corte, dos seus empregos e dos seus parentes após o ano de 1808.
NOVAIS,
F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo:
Cia. das Letras, 1997.
Os
fatos apresentados se relacionam ao processo de independência da América
portuguesa por terem
a)
incentivado o clamor popular por liberdade.
b)
enfraquecido o pacto de dominação metropolitana.
c)
motivado as revoltas escravas contra a elite colonial.
d)
obtido o apoio do grupo constitucionalista português.
e)
provocado os movimentos separatistas das províncias.
9. ... é comumente, datado a partir de 1808,
com a chegada da família real portuguesa ao Brasil. A verdade dessa proposição
reside, em especial, na montagem pelo Príncipe, e depois Rei, João VI, de um
aparelho governativo no Brasil. Tal criação dá-se, por um lado, através da
transferência de órgãos portugueses e, de outro, com o surgimento, no Rio de
Janeiro, de estruturas típicas de uma capital, com bibliotecas, um jornal,
instituições de fomento. Ao mesmo tempo, são substituídos os institutos de
caráter colonial, como os monopólios e as restrições industriais e comerciais.
Por fim, todo o processo é coroado pela assinatura de dois tratados com a
Inglaterra, um de Aliança e Amizade e outro de Comércio e Navegação, em 1810.
(Monteiro,
Hamilton de Mattos. In: Linhares, Maria Yedda. História Geral do Brasil. 14ª
Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 1990. p. 129.)
O
trecho anterior se refere ao processo de
a)
abolição da escravidão.
b)
independência do Brasil.
c)
descolonização da região Sul do país.
d)
desenvolvimento industrial no Brasil.
10. No texto “O Império enfermo”, Cláudio
Bertolli Filho afirma:
A
vinda da Corte portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanças na
administração pública colonial, inclusive na área de saúde. Como sede
provisória do império lusitano e principal porto do país, a cidade do Rio de
Janeiro tornou-se o centro das ações sanitárias. Com elas, dom João VI procurou
oferecer uma imagem nova de uma região que os europeus definiam como território
da barbárie e da escravidão.
Fonte:
BERTOLLI FILHO, Cláudio. História da saúde pública no Brasil. 4.ed. São Paulo:
Ática, 2001. p. 8.
As
ocorrências mencionadas estão inseridas numa sucessão em que podem ser
destacados, seja como antecedentes, seja como consequentes, os seguintes
processos:
I.
a Primeira Revolução Industrial e a busca da Inglaterra pela hegemonia
comercial na Europa e no mundo.
II.
a Revolução Francesa e as tentativas de expansão das conquistas dos
revolucionários burgueses para a Europa.
III.
as disputas entre a Inglaterra e a França, o decreto do Bloqueio Continental
com as repercussões para a Espanha e Portugal e seus domínios ultramarinos.
IV.
a crise do sistema colonial, os processos de independência nas Américas e a
implantação de Estados Nacionais em ex-colônias da Inglaterra, França, Espanha
e Portugal.
Estão
corretas
a)
apenas I e II.
b)
apenas I e IV.
c)
apenas II e III.
d)
apenas III e IV.
e)
I, II, III e IV.
11. Leia o texto a seguir.
“[...]
Todas as pessoas de qualquer qualidade e condição, que sejam, que fizerem armar
e preparar Navios para o Resgate e Compra de Escravos em qualquer dos portos da
Costa d'África situados ao Norte do Equador, incorrerão na pena de perdimento
dos Escravos, os quais imediatamente ficarão libertos, para terem o destino
abaixo declarado: E lhe serão confiscados os Navios empregados nesse tráfico
com todos os seus aparelhos e pertences, e justamente a Carga, qualquer seja,
que a seu bordo estiver por conta dos donos e fretadores dos mesmos Navios, ou
dos carregadores de Escravos. E os oficiais dos Navios (...) e sobre a Carga,
serão degradados por cinco anos para Moçambique, e cada um pagará uma multa
[...]”.
Alvará
Régio. “Rio de Janeiro, 26 de Janeiro de 1818”. SCHWARCZ, Lilia Moritz, GARCIA,
Lúcia. Registros escravos: repertório das fontes oitocentistas pertencentes ao
acervo da Biblioteca Nacional. Biblioteca Nacional: Rio de Janeiro, 2006, p.
31.
Analise
as afirmativas sobre o texto.
I.
Faz referência à proibição do comércio de escravos da Costa da África ao Norte
do Equador, estabelecendo as respectivas penas para quem descumprisse a
legislação.
II.
Não faz referência à proibição do comércio de escravos, mas à abolição da
escravatura no Brasil e no Equador implicando em pagamento de multas e
degradação.
III.
O texto faz referências ao processo de industrialização que substituiu a mão de
obra escrava, agora liberta pelo fim da escravidão, pela mão de obra
assalariada a partir do século XIX.
IV.
Faz referências ao incentivo do tráfico negreiro e à implementação de
instrumentos legais do comércio como o pagamento dos devidos impostos e multas.
Com
base nessa análise, está(ão) CORRETAS apenas a(s) afirmativa(s)
a)
IV
b)
I
c)
I e II
d)
III e IV
TEXTO
PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
Com
a vinda da Corte, pela primeira vez, desde o início da colonização,
configuravam-se nos trópicos portugueses preocupações próprias de uma colônia
de povoamento e não apenas de exploração ou feitoria comercial, pois que no Rio
teriam que viver e, para sobreviver, explorar “os enormes recursos naturais” e
as potencialidades do Império nascente, tendo em vista o fomento do bem-estar
da própria população local.
(Maria
Odila Leite da Silva Dias. A interiorização da metrópole e outros estudos,
2005.)
12. A alteração na relação entre o governo
português e o Brasil, mencionada no texto, pode ser notada, por exemplo,
a)
na redução dos impostos sobre a exportação do açúcar e do algodão, no reforço
do sistema colonial e na maior integração do território brasileiro.
b)
no estreitamento dos vínculos diplomáticos com os Estados Unidos, na instalação
de um modelo federalista e na modernização dos portos.
c)
na ampliação do comércio com as colônias espanholas do Rio da Prata, na
reurbanização do Rio de Janeiro e na redução do contingente do funcionalismo
público.
d)
na abertura de estradas, na melhoria das comunicações entre as capitanias e no
maior aparelhamento militar e policial.
e)
no restabelecimento de laços comerciais com França e Inglaterra, na fundação de
casas bancárias e no aprimoramento da navegação de cabotagem.
13. A vinda da Corte portuguesa para o Brasil,
ocorrida em 1808 e citada no texto, foi provocada, sobretudo,
a)
pelo fim da ocupação francesa em Portugal e pelo projeto, defendido pelos
liberais portugueses, de iniciar a gradual descolonização do Brasil.
b)
pela pressão comercial espanhola e pela disposição, do príncipe regente, de
impedir a expansão e o sucesso dos movimentos emancipacionistas na
colônia.
c)
pelo interesse de expandir as fronteiras da colônia, avançando sobre terras da
América Espanhola, para assegurar o pleno domínio continental do Brasil.
d)
pela invasão francesa em Portugal e pela proximidade e aliança do governo
português com a política da Inglaterra.
e)
pela intenção de expandir, para a América, o projeto de união ibérica,
reunindo, sob a mesma administração colonial, as colônias espanholas e o
Brasil.
14. Leia a entrevista.
FOLHA
– Estamos vivendo um momento de novas interpretações em relação ao período
imperial?
MAXWELL
– (...) o movimento de independência da década de 1820 não aconteceu no Brasil,
mas em Portugal. Foram os portugueses que não quiseram ser dominados por uma
monarquia baseada na América.
Com
a rejeição da dominação brasileira, eles atraíram muitos dos problemas de
fragmentação, guerras civis e descontinuidade que são parecidos com aqueles que
estavam acontecendo na América espanhola.
É
sempre importante, ao pensar a história do Brasil, considerar que ela não se
encaixa em interpretações convencionais. É sempre necessário pensar um pouco de
forma contrafactual, porque a história brasileira não segue a mesma trajetória
de outras histórias das Américas. O rei estava aqui, a revolução liberal estava
lá. A continuidade estava aqui, a descontinuidade estava lá.
Acho
que isto explica muito das coisas que aconteceram depois no Brasil, no século
19.
Marcos
Strecker, Para Maxwell, país não permite leituras convencionais.
Folha
de S.Paulo, 25-11-2007.
“A
história brasileira não segue a mesma trajetória de outras histórias das
Américas”, pois
a)
em 1824 foi promulgada a primeira constituição do Brasil, caracterizada pela
divisão e autonomia dos três poderes e por uma legislação social avançada para
os padrões da época, pois garantia o direito de voto a todos os
brasileiros.
b)
com a grave crise estrutural que atingiu as atividades produtivas da Europa no
início do século XIX, restou ao Brasil um papel relevante no processo de
recuperação das bases econômicas industriais, com o fornecimento de algodão,
tabaco e açúcar.
c)
os princípios e as práticas liberais do príncipe-regente Dom Pedro se chocavam
com o conservadorismo das elites coloniais do centro-sul, defensoras de
restrições mercantilistas com o intuito de conter a ganância britânica pela
riqueza brasileira.
d)
com as invasões napoleônicas, desorganizaram-se os contatos entre a metrópole
espanhola e seus espaços coloniais na América, situação diversa da verificada
em relação ao Brasil, que abrigou a Corte portuguesa.
e)
a elite colonial nordestina – voltada para o mercado interno, defensora do
centralismo político-administrativo e da abolição da escravatura – apostava na
liderança e na continuidade no Brasil de Dom João VI para a efetivação desse
projeto histórico.
15. O Brasil constituía então uma base essencial
da economia portuguesa. A nossa exportação era quase toda (excetuando o vinho
do Porto) canalizada para os portos brasileiros; a nossa importação vinha quase
toda do Brasil; as matérias-primas tropicais faziam escala em Lisboa e daqui
eram exportadas para o exterior. (...) A emancipação econômica do Brasil (em
1808) teve, portanto, consequências graves na economia portuguesa. A antiga
colônia passara, em poucos anos, de fonte de rendimento à fonte de despesa.
SARAIVA,
J. H. História de Portugal. Lisboa: Europa-América, 1996. p. 274.
No
contexto das medidas liberais decretadas por D. João VI no Brasil, a
“emancipação econômica do Brasil”, que o historiador português apresenta como
danosa à economia portuguesa, é resultado da
a)
autonomia administrativa advinda da elevação do Brasil a Reino Unido de
Portugal e Algarves.
b)
autonomia financeira garantida com a criação do Banco do Brasil, que passou a
emitir papel moeda.
c)
liberação manufatureira estabelecida pelo Alvará de 1º de abril, que permitiu
as instalações de indústrias no Brasil.
d)
incrementação do comércio brasileiro a partir da assinatura do Tratado de
Comércio e Navegação com a Inglaterra.
e)
liberdade de comércio estabelecida pelo decreto de Abertura dos Portos
Brasileiros às Nações Amigas de Portugal.
16. Fui à terra fazer compras com Glennie. Há
muitas casas inglesas, tais como celeiros e armazéns não diferentes do que
chamamos na Inglaterra de armazéns italianos, de secos e molhados, mas, em
geral, os ingleses aqui vendem suas mercadorias em grosso a retalhistas nativos
ou franceses. (...) As ruas estão, em geral, repletas de mercadorias inglesas.
A cada porta as palavras Superfino de Londres saltam aos olhos: algodão
estampado, panos largos, louça de barro, mas, acima de tudo, ferragens de
Birmingham, podem-se obter um pouco mais caro do que em nossa terra nas lojas
do Brasil.
Maria
Graham. Diário de uma viagem ao Brasil. São Paulo, Edusp, 1990, p. 230
(publicado originalmente em 1824). Adaptado.
Esse
trecho do diário da inglesa Maria Graham refere-se à sua estada no Rio de
Janeiro em 1822 e foi escrito em 21 de janeiro deste mesmo ano. Essas anotações
mostram alguns efeitos
a)
do Ato de Navegação, de 1651, que retirou da Inglaterra o controle militar e
comercial dos mares do norte, mas permitiu sua interferência nas colônias
ultramarinas do sul.
b)
do Tratado de Methuen, de 1703, que estabeleceu a troca regular de produtos
portugueses por mercadorias de outros países europeus, que seriam também
distribuídas nas colônias.
c)
da abertura dos portos do Brasil às nações amigas, decretada por D. João em
1808, após a chegada da família real portuguesa à América.
d)
do Tratado de Comércio e Navegação, de 1810, que deu início à exportação de
produtos do Brasil para a Inglaterra e eliminou a concorrência hispano-americana.
e)
da ação expansionista inglesa sobre a América do Sul, gradualmente anexada ao
Império Britânico, após sua vitória sobre as tropas napoleônicas, em 1815.
17.
“Obrigado pelas imperiosas circunstâncias (...) a transportar a sede do império
temporariamente para outra parte dos meus domínios, (...) foi necessário
procurar elevar a prosperidade daquelas partes do império (...) para que elas
pudessem concorrer às despesas necessárias para sustentar a honra e o esplendor
do trono e para segurar sua defesa contra a invasão de um poderoso inimigo.
Para este fim (...) fui servido a adotar os princípios (...) da liberdade e
franquia do comércio e diminuição dos direitos de alfândegas (...)”.
Príncipe
regente, D. João VI, Rio de Janeiro, 7/3/1810.
A
diminuição dos direitos de alfândega de que trata o texto, consequências dos
Tratados de 1810, resultou no
a)
aumento das exportações brasileiras na medida em que se legalizou o comércio
com outros países da Europa.
b)
incremento e consolidação do domínio inglês sobre o Brasil em função dos
privilégios comerciais garantidos à Inglaterra.
c)
estabelecimento no Brasil, das primeiras estradas de ferro interligando áreas
produtoras aos portos, agilizando as exportações.
d)
desenvolvimento da indústria manufatureira do Brasil incentivada pela entrada
de capitais estrangeiros, em particular ingleses.
e)
crescimento da produção agrária da colônia para atender a demanda dos vários
países que passaram a comprar matéria prima brasileira.
18. Nossa independência não foi obra de um único
ato – o grito do Ipiranga em 7 de setembro de 1822. Foi, sim, o resultado de um
processo iniciado com
a)
o “Dia do FICO”, isto é, quando o Príncipe Regente D. Pedro rompeu com as
Cortes de Lisboa, que exigiam sua volta.Desobedecendo-lhes, resolveu permanecer
no Brasil.
b)
a Abertura dos Portos às Nações Amigas, obra do Príncipe D. João, em 1808, logo
após a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil. Pondo fim ao Pacto Colonial,
rompiam-se as amarras com Portugal, pois o monopólio estava extinto.
c)
a elevação do Brasil à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves, em
1815, por ordem de D. João, príncipe Regente de Portugal.
d)
o Golpe da Maioridade, que emancipou D. Pedro de Alcântara. Obra dos ‘
maioristas’, deu início a uma nova fase na história do Brasil.
e)
o regresso de D. João VI a Portugal. Pressionado pelas Cortes de Lisboa e pela
Revolução do Porto, de 1820, o monarca regressou a Portugal, dando instruções a
seu filho D. Pedro para que fizesse a independência do Brasil.
19. “Eis que uma revolução, proclamando um
governo absolutamente independente da sujeição à corte do Rio de Janeiro,
rebentou em Pernambuco, em março de 1817. É um assunto para o nosso ânimo tão
pouco simpático que, se nos fora permitido [colocar] sobre ele um véu, o
deixaríamos fora do quadro que nos propusemos tratar.”
F.
A. Varnhagen. História geral do Brasil, 1854.
O
texto trata da Revolução pernambucana de 1817. Com relação a esse acontecimento
é possível afirmar que os insurgentes
a)
pretendiam a separação de Pernambuco do restante do reino, impondo a expulsão
dos portugueses desse território.
b)
contaram com a ativa participação de homens negros, pondo em risco a manutenção
da escravidão na região.
c)
dominaram Pernambuco e o norte da colônia, decretando o fim dos privilégios da
Companhia do Grão-Pará e Maranhão.
d)
propuseram a independência e a república, congregando proprietários,
comerciantes e pessoas das camadas populares.
e)
implantaram um governo de terror, ameaçando o direito dos pequenos
proprietários à livre exploração da terra.
20.
Observe os retratos abaixo.
Em
2010, foram comemoradas as relações Brasil-França, e verificamos que as
interfaces que ligam as duas nações são marcantes ao longo de toda a nossa
história. A presença da família real portuguesa no Brasil, em 1808, motivou,
entre outros eventos, a vinda da Missão Artística Francesa, em 1816, porque
a)
o estilo neoclássico trazido pelos artistas franceses traduzia o modelo ideal
de civilização, de acordo com os padrões da classe dominante europeia, sendo
essa a imagem que o governo português desejava transmitir, nesse momento, do
Brasil.
b)
a arte acadêmica, fruto da Missão Francesa chefiada por Joaquim Lebreton,
tinha, como objetivo, alterar o gosto e a cultura nacional, ainda marcadamente
influenciada pela opulência do Barroco e pela tradição indígena.
c)
a arte acadêmica, afastando-se dos motivos religiosos e exaltando o poder
civil, as datas e os personagens históricos, agradava mais às classes populares
nacionais, ansiosas por imitarem os padrões europeus.
d)
somente artistas franceses poderiam retratar, com exatidão e competência, a
paisagem e os costumes brasileiros, modificados com a vinda da família real
para a colônia.
e)
era necessário criar, na colônia, uma Academia Real de Belas Artes, a fim de
cultivar e estimular, nos trópicos, a admiração pelos padrões intelectuais e
estéticos portugueses, reconhecidamente superiores.
Gabarito:
Resposta
da questão 1: [C]
Resposta
da questão 2: [C]
Resposta
da questão 3: [C]
Resposta
da questão 4: [C]
Resposta
da questão 5: [E]
Resposta
da questão 6: [C]
Resposta
da questão 7: [D]
Resposta
da questão 8: [B]
Resposta
da questão 9: [B]
Resposta
da questão 10: [E]
Resposta
da questão 11: [B]
Resposta
da questão 12: [D]
Resposta
da questão 13: [D]
Resposta
da questão 14: [D]
Resposta
da questão 15: [E]
Resposta
da questão 16: [C]
Resposta
da questão 17: [B]
Resposta
da questão 18: [B]
Resposta
da questão 19: [D]
Resposta
da questão 20: [A]
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